A queda de Jair Bolsonaro não foi só um tropeço – foi um desabamento político de proporções históricas. E quem está pagando o preço é ACM Neto, que agora amarga o gosto de ter apostado todas as fichas no cavalo errado. O ex-prefeito, que se vendia como “renovação” e “alternativa ao caos”, virou símbolo do oportunismo político que tenta surfar em qualquer onda – até a que já virou tsunami contra si.
O novo escândalo envolvendo Elmar Nascimento, seu antigo aliado de confiança, foi o golpe final para um projeto que já estava capengando. Nos bastidores, a leitura é clara: a candidatura de Neto está ferida de morte. E não é por falta de aviso – foi ele quem manteve a relação com Bolsonaro mesmo quando o ex-presidente já afundava em denúncias, processos e decisões judiciais.
Agora, essa ligação virou âncora. Associar-se ao bolsonarismo, em 2025, é praticamente pedir para perder eleição. ACM tentou se afastar, mas o desgaste é irreversível: a imagem já está colada, e adversários vão explorar isso até o último santinho.
Os comentários nos bastidores são quase unânimes: renunciar pode ser a única saída para evitar um vexame histórico nas urnas. Fugir agora seria menos doloroso do que ser triturado publicamente durante a campanha.
Enquanto isso, adversários comemoram, e a opinião pública assiste à implosão política como quem acompanha final de reality show. ACM virou alvo fácil de piadas e memes – e cada novo escândalo é mais combustível para queimar o que resta de sua reputação.
Se a renúncia se confirmar, não será apenas o fim de uma candidatura, mas o símbolo do colapso de uma estratégia que tentou se equilibrar entre o “novo” e o bolsonarismo. No fim, não conseguiu ser nem um nem outro – e pagou o preço.
